"Organizar significa aproveitar do melhor de cada um, mas consciente das limitações de todos."Samir Lakshmi
Que ultrapassam os limites auto-impostos, é a descoberta da natureza do Eu descontente, é o passo além da caminhada.

Escuta em silêncio. Porque o teu coração transborda com um milhão de coisas, tu não podes escutar nele a voz de Deus. Mas assim que te pões à escuta da voz de Deus no teu coração pacificado, ele enche-se de Deus. Isso requer muitos sacrifícios. Se pensamos que queremos rezar, temos de nos preparar para isso. Sem desfalecimento. Não são senão as primeiras etapas em direcção à oração, mas se não as concluímos com determinação, nunca alcançaremos a última etapa, a presença de Deus.
O Voto do Bodhisattva. As práticas essenciais do Budismo Mahayana - Geshe Kelsang Gyatso (Editora Tharpa Brasil. Tradução de Ani Kelsang Palsang. Ilustrações de Andy Weber. Capa de Ani Kelsang Wangchen. 152 pgs.).
O Voto do Bodhisattva é um guia prático da disciplina moral Bodhisatttva dedicado aos praticantes do Budismo Mahayana e da Nova Tradição Kadampa. O livro traz uma explicação detalhada sobre os métodos para receber, manter e cumprir os votos Bodhisattva, com descrição das 46 quedas secundárias e 18 quedas raízes; um método para purificar quedas, e os passoss para o treino das seis perfeições.
Ciclicamente vamos tendo umas ondas de histeria, pânico, relacionadas com adventos apocalípticos que estão em curso ou que irão "cursar". Desde sempre, este tipo de atitude esteve presente no homem e porquê? Porque faz parte do seu ser não assumir a sua responsabilidade no aqui e agora, é sempre mais fácil culpar o negativismo exterior ou as forças ocultas que polulam pelo mundo a tentar-nos.
Se há um abismo que nos separa, temos que construir pontes que nos unam e não erguer muralhas que mais nos afastam. Aí, o abismo revela-se uma ilusão, fruto do medo passado, era apenas uma ferida aberta que pedia para ser curada. Despertar para a vida é partilhar tudo o que se é.
Parece que há uma falta de interesse em investir em algo que dê trabalho, o que até é estranho porque deu-nos trabalho aprender a ler, escrever e possivelmente a respirar, andar e comer. Depois de ultrapassada a aprendizagem, já não dá tanto trabalho assim, então porquê o medo de trabalhar no que quer que seja na vida?
Há quem nos ensine novos caminhos, mais curtos, eficientes, para chegarmos ao fim a que nos propusemos. Mas, temos sempre o livre arbítrio de escolher entre esses e aqueles que podem ser mais longos mas que nos darão um maior prazer em trilhar.
Podem as coisas simples tornar-nos mais simples?
Em muitas situações encontramos a referência de alguém que se diz ou a quem atribuimos a conotação de "autocentrado":"O "eu" autocentrado tem também necessidade de se opor, resistir e excluir para manter a idéia de separação da qual depende a sua sobrevivência. Assim, ele coloca "eu" contra "os outros" e "nós" contra "eles"."A preocupação exclusiva com o Eu transporta-nos para um mundo egocêntrico se os nossos motivos são os da satisfação mas, ser um "Eu centrado" é saber qual o lugar que nos cabe nesta realidade presente, sabendo fluir nas situações, estando a cuidar dos nossos variados corpos e não fugindo à exigência da nossa evolução com a desculpa que devemos antes ajudar os outros a evoluir.
Eckhart Tolle
Ter um eu significa que somos autocentrados. Ser autocentrado — e, portanto, em oposição a coisas externas — é ser ansioso e ficar preocupado consigo mesmo, é reagir de imediato com aspereza, quando o meio externo se nos opõe. Ficamos aborrecidos facilmente. Sendo autocentrados, ficamos muitas vezes confusos. É assim que a maioria das pessoas vivência a própria vida.
Charlotte Joko Beck (budismo)


"Em lugar de deixardes o campo livre à vossa natureza inferior, opondo-vos constantemente aos outros e discutindo com eles a propósito de tudo e de nada, aprendei a discutir com todas as entidades tenebrosas que habitam em vós. Essas entidades que arrastais convosco há reencarnações e que acabaram por se incrustar como maus hábitos, deveis convencê-las a calarem-se. E, ao mesmo tempo, apelai à vossa natureza superior para que se manifeste através de todas as entidades sábias e esclarecidas que também vos habitam. Deixai-as falar e aceitai as suas boas sugestões; elas ser-vos-ão úteis a vós e aos outros.É fabuloso este trabalho de visita interior, muitas vezes duro, pesado, doloroso mas se eu quero crescer então devo enfrentar e abraçar tudo o que em mim me perturba. No fundo é tudo uma grande ilusão, abraçando, dando amor a um problema é iluminá-lo e torná-lo tão leve como uma pena.
Há muitas pessoas que dizem que querem ser úteis aos outros! Mas os bons sentimentos e as boas intenções não bastam. Aquele que quer ajudar os outros deve tornar-se um condutor da vida divina e, para isso, desembaraçar-se de tudo o que nele pode atrair forças obscuras."
Omraam Mikhaël Aïvanhov
Expandindo-me para o universo encontrei em mim a verdadeira essência que por segundos me deu o tempo de uma vida, em conhecimento e paz.
Será naife encarar a vida apenas como algo tudo cor-de-rosa, ou tudo negro.
Muitas vezes aceitamos compromissos, outras até os marcamos sem ter a verdadeira vontade de os cumprir e porquê?
Após a análise de vários momentos da minha vida e da vida de outros, vejo que as questões são sempre levantadas ou por problemas de comunicação ou pela (in)capacidade de "confronto". Confronto este que é a nossa reacção a estímulos que em nós ficaram gravados, numa memória reactiva e pouco acessível. Daí os alquimistas falarem no VITRIOL, na decantação do Ser, no aprimoramento da jóia interior, daí Jesus ter falado no "Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei".
"A sua tarefa especial é a de reconhecer a importância da sua actuação como ser humano, na sustentação dos valores espirituais mais elevados. Aquele que através dos seus actos, segura o mundo com ambas as mãos com dedicação e firmeza, torna-se um pilar para a criação de um mundo melhor."
O princípio de "Occam's Razor" enumera que "as entidades não devem ser multiplicadas além do necessário", ou seja, tudo o que se torne excessivo e desnecessário para uma solução deve ser eliminado. Este princípio, aliado a outros tantos ou tantos ditos, apela a nossa atenção à capacidade de relativizar, de compreender as coisas até ao nível que nos cabe compreender, aceitando e integrando o sentimento que advém das situações como algo de natural.
Se alguém te disser que o mundo vai acabar em 2012, pergunta-lhe o que vai fazer para que tal não aconteça. As histerias têm que parar nalgum lado.
«Não haverá razão para viver, nem termo para as nossas misérias, se for mister temer tudo quanto seja temível. Neste ponto, põe em acção a tua prudência; mercê da animosidade de espírito, repele inclusive o temor que te acomete de cara descoberta. Pelo menos, combate uma fraqueza com outra: tempera o receio com a esperança. Por certo que possa ser qualquer um dos riscos que tememos, é ainda mais certo que os nossos temores se apaziguam, quando as nossas esperanças nos enganam.Estabelece equilíbrio, pois, entre a esperança e o temor; sempre que houver completa incerteza, inclina a balança em teu favor: crê no que te agrada. Mesmo que o temor reuna maior número de sufrágios, inclina-a sempre para o lado da esperança; deixa de afligir o coração, e figura-te, sem cessar, que a maior parte dos mortais, sem ser afectada, sem se ver seriamente ameaçada por mal algum, vive em permanente e confusa agitação
(…) Flutuamos ao mínimo sopro. De circunstâncias duvidosas, fazemos certezas que nos aterrorizam. Como a justa medida não é do nosso feitio, instantaneamente uma inquietude se converte em medo.»
Séneca, in «Dos Reveses»
Errar não é nada, excepto se nos continuarmos a lembrar disso.
Alguém diria que a dor física ultrapassa a dor emocional e é verdade. Mas sempre que estamos em dor, o que devemos fazer? Tomar analgésicos? Esquecer a dor?
Se olharmos para uma montanha de longe, veremos que a montanha não se move, não muda, por si mesma. Pode ter neve, pode não ter, pode ter árvores ou não ter mas, de longe, parece não mudar.
Muitas vezes torna-se fácil humanizarmos o Divino, trazermos a nós o que achamos estar além de nós, dando-lhe forma, características, pensamentos, vontades, fazemos o Divino à nossa imagem e semelhança mas, na verdade, deviamos exercitar exactamente o contrário, divinizar o homem, não no aspecto de enaltecer o que o torna pequeno mas sim o que o torna como Ser. Aproximarmo-nos do divino pela nossa parte nele, é como afirmar o nosso lugar na pulsação da vida.
"Não procures a perfeição mas sim o crescimento" (John Powell)
Raramente há tempo para o que queremos, quer seja para estarmos sós, para estarmos com alguém, para descansar ou para projectos. Se meditamos, cada segundo que passa é uma expansão quase infinita do tempo, ficar assim 15 minutos é bom, 30 minutos um prodígio, uma hora, torna-se quase impossivel.
Vivemos por objectivos, temos sempre uma meta a atingir mas, a sabedoria não está no fim mas sim na experiência e vivência do caminho.
Muitas vezes queremos seguir alguém, sentirmo-nos parte integrante de um grupo, de algo que nos acolha, outras queremos que alguém nos siga e que muitos estejam connosco. Isto é compreender a nossa humanidade, do que somos feitos. Quando alguém tem o título de mestre, não nos devemos esquecer que mestre todos nós somos ou pelo menos temos a potencialdade de o ser. Temos sempre algo a ensinar e por vezes temos um ensinamento mais iluminado, essa é a parte do mestre, que entra em contacto com a vida, com o universo, que recolhe a informação e a transmite.
Na Cidade de Santa Fé, no Novo México existe uma capela, a capela do Loreto, construida no final do século XIX, cujo elemento mais famoso é a sua escada...
A vida é feita de um conjunto de situações, de acontecimentos, que merecem ser vividos e não sobrevividos. Colocando toda a atenção nas coisas que se fazem, empenhando nessas coisas o devido amor, pois é com amor que todas as coisas se criam e constroem, estaremos a dar mais sentido ao que precisamos.